Tenho me impressionado com a quantidade de gente que anda me subestimando de uns tempos pra cá. Perdi as contas de quantas vezes eu disse "não sou tão burra assim" ou "não sou burra a esse ponto".

Dois motivos eu até concordaria com eles 1 - pague com o próprio veneno 2 - eu to falhando em algum ponto que as pessoas me acham fracassada.

Em 2011 eu tive muitos revezes, houveram mudanças bruscas comigo, e por motivos nada ligados a isto, me sinto infeliz. Agora digo, tenho 24 anos e NÃO ME ARREPENDO das escolhas que fiz. Não as faria novamente porque eu aprendi com isso, certo? Acho que essa é a essência da vida: cair, levantar, errar, acertar, é a experiência que vai falar por si.

E eu me dou o direito de errar porque preciso aprender. Coragem por arriscar, ninguém lembra.

Eu tenho me calado. Num dos episódios do House ele disse: O que você pensa sobre mim não vai mudar quem eu sou, mais pode mudar o meu conceito sobre você.

Para mim, fez sentido. Todo o sentido do mundo. Não tô mais me preocupando com o que os outros falam\pensam de mim. E me calei mesmo, chega daquela marmota de ficar querendo provar que eu sou isso ou aquilo.

E meu silêncio agrediu o povo. Não me faltam argumentos, mas tem brigas que eu simplesmente não levo adiante. Não perdi a capacidade de questionamentos, mas acabei me tornando repetitiva por ninguém me dar uma resposta satisfatória.

Eu não tenho certas habilidades motoras e tenho uma enorme falta de noção de espaço, e isso faz de mim ser a idiota que vocês pensam?

Desculpe se eu mudei. Mil perdões por eu ter aprendido, eu sou ciente dos meus defeitos, não é ótimo, Srs. Infalíveis?

Em contraponto a isto, recebi elogios de pessoas que eu nem sabia que lembravam de mim, pessoas que demonstraram carinho e souberam fazer críticas de uma forma que eu pudesse crescer com elas.

Esse texto não teve o intuito de desabafo, muito menos de querer dizer que não sou a idiota\burra\anencéfala que me enxergam. Não me importo com as que tanto me subestimam, talvez em algum momento elas tenham razão. O intuito mesmo é mostrar para o meu ego e autoestima que eu quero fazer as pazes com eles.


Já sentiram a dor da gastrite? Pela 3ª vez  na semana é o que sinto nesse instante. Tomei chimarrão, comi barra de cereal com chocolate, e no almoço tinha pimentão. Ah, e ontem tomei cerveja também.

Bem feito pra mim, né? Eu sei que é. Mas acho injusto, isso eu acho. Tudo bem, minha vida é bem desregrada, tive que girar uns 180º para emagrecer iniciais 17kg. E posso dizer que foi fácil essa etapa.

O problema é que eu nunca soube lidar com as coisas que sinto. E cada nova crise de stress desencadeio uma coisa diferente. Cistite, labirintite e essa apegada gastrite. Às vezes tenho impressão que eu devo estar apodrecendo.

E quando finalmente me sinto bem, me animo para fazer as coisas, meu bom-humor dá sinal que quer permanecer, eu sou vencida pela dor. Já deve ser psicológico mesmo, um trauma inconsciênte de que cada vez que eu estiver de bem com a vida uma doença diferente vai surgir.

Hipocondrismo é para os fracos.

Voltando à realidade, eu não gosto de queixas, não gosto de fazer isso, mas a dor que sinto agora me consome por inteira, e eu tenho tanta coisa para fazer, uma viagem para aproveitar, e só consigo sentir essa dor.

A cistite é assim, horrível também. Labirintite e as suas sensações de viver em 2 dimensões também é nada agradável, mas ok.

Se essas dores são consequências da vida que escolhi, aceito a condição. Só que não tô aqui me comprometendo em mudar, que vou me cuidar mais e que terei a geração saúde correndo nas veias. Não!

Não mesmo.

Eu me comprometerei, no máximo, em seguir uma rotina mais saudável com meus horários e atividades. Porque embora eu não tenha tempo para mais nada, eu tenho todo o tempo do mundo.

E dezembro chegou tão rápido que 2012 taí. Então me dá licença que vou ali ler o Medicina Alternativa de A a Z e tentar achar uma forma de pelo menos conseguir dormir… para acordar no horário necessário!


Eu só tenho um desejo: voltar no tempo! 2004 poderia ser. Tenho saudade, muita saudade, mas  não é vontade de reviver aquele tempo mas sim, de fazer outras escolhas. Foi a primeira vez que fiz escolhas que definiriam minha vida.

Claro que também foi importante ter consciência, dizer não às drogas, entre outras coisas que me rotulariam como careta. Mas para mim essas decisões foram fáceis, era mais do meu caráter, da minha educação. Escolher uma profissão, essa sim foi difícil.

E eu sei que tenho a vida toda pela frente, e hoje vejo que perdi 7 anos me perguntando onde eu estaria se tivesse feito outras escolhas. Talvez eu tivesse sofrido mais, porém, amadurecido mais. Ter dado mais valor para as coisas e para as pessoas.

Tenho consciência que é impossível voltar, não choro mais pelo tempo que perdi, ou que achei que perdi, só que sinto uma dificuldade enorme de olhar para frente, mas principalmente de olhar para mim.

Dificuldade de saber quem eu sou. O espelho, a fotografia, aquela Tônia ali não é de verdade. Pelo menos, eu achava que não. Hoje eu sei que é e tento mudá-la a cada segundo, tendo modificar cada milímetro daquele corpo e daquele cérebro.

Eu sorrio, danço, pulo, canto, procurando mostrar aquela Tônia de 16 anos que com toda certeza, aos 24 se sentiria uma mulher feita, cheia de planos. É essa a Tônia que as pessoas merecem ver, essa com fome de vida e não de x-bacon.

Também não esse ser frustrado, chorão e feio que habita em mim.


no feriado de finados também fui ao cemitério visitar o túmulo da minha autoestima.


Pois bem, eu amo meu namorado, mas cada dia que passa me apaixono mais. Sabe quando tu tem a sensação de que foram feitos um para o outro?

Sorte a minha, eu sei.

Aí hoje ele me envia esse vídeo que shoray de emoção. A melodia é tão suave, a voz da guria tão boa e a letra com um humor negro incrivelmente belo.

Ouçam vocês…

*-* #azareugosto

Não é uma declaração?

Para mim, é perfeita!


Isso sempre acontece.

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Memórias da viagem! Sério, eu só voltei porque era a única alternativa.

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AIEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE


Cada um tem os parentes que merecem!


*-*

Ele bebe e eu fico com cara de bêbada, mas ok! A gente se completa.

Como eu  amo!!!

Fabioeeu

PS.: A latinha é de tônica e não de Antártica, sei lá, achei importante esclarecer. Era 7h da manhã e toda disposição… tá, nem tanta da minha parte porque eu tava com frio. Mas vale este registro.


Quem me conhece, sabe bem que tive um sonho grande de ser escritora, mas chegou  um dia que decidi que eu não tinha talento para isso e simplesmente desisti.

Meu namorado acho que foi a única pessoa que conversou comigo sobre isso, me incentivou,  e talvez foi isso que me estimulou a continuar escrevendo mesmo se não tivesse leitores, mesmo eu desacreditando em mim.

Em abril deste ano surgiu uma oficina literária, ministrada pelo Mário Simon, escritor e professor de renome por esta região. Quem o conhece, ama, pois ele tem uma simplicidade refinada em certas coisas que escreve, além de ser uma excelente pessoa.

Óbvio que me aventurei no curso, que seria por curtíssimos 4 meses. Eu ficava animadíssima em sair de casa a noite em pleno inverno rigoroso aqui do Sul. Me sentia tão feliz com o que estava aprendendo.

Tive inicialmente um bloqueio de criatividade que dava medo, mas depois, quando o professor ensinou que escrever é 90% suor e 10% inspiração, as coisas começaram a fluir.

É interessante compartilhar com as pessoas que tu não será um gênio o tempo inteiro, que até os melhores tem seus péssimos dias e a cada 10 textos se 1 sair bom, já é uma grande coisa.

Eu achava que precisava somente ter talento, saber usar as palavras certas, mas é muito mais que isso, é um trabalho sério e muito prazerozo.

Neste sábado (08/10) foi o lançamento do livro Oficina das Letras, com obras realizadas durante estes 4 meses de curso. Pode parecer bobagem para vocês, mas para mim foi uma realização profissional, foi o que me fez pensar em querer mais.

Quero isso para minha vida.

Foto Turma I


Tônia Werste diz (23:21)
desde que eu era criança, novinha mesmo, 7 ou 8 anos
eu via meus amigos reclamando de Entre-Ijuis
adolescencia então era pesadelo
se entravam em chat, todo mundo era de Santo Angelo
tu lembra, eu desde sempre falei Entre-Ijuis
nunca escondi ou tive vergonha de morar em cidade pequena
Tônia Werste diz (23:22)
porque é um saco todo mundo conhecer todo mundo, mas também deve ser um saco morar onde ninguém se cumprimenta
thiago kansao diz (23:22)
sao extremos
morar aqui nao é facil
é frio
Tônia Werste diz (23:22)
só que assim, eu entrei na adolescência, e se precisava sair tinha que o pai levar
se quisesse

Tônia Werste diz (23:23)
quando estava com 18 anos minha turma mudou total, porque saí do colégio e cada um foi pra um canto
eu fiz amizade com muitos guris
então chegava final de semana e eles saiam pras festinhas deles e, por motivos óbvios eu não acompanhava
Tônia Werste diz (23:24)
e eu acabava ficando em casa, não tinha como sair sozinha, dar uma volta, sem carteira, sem carro
e eu sempre odiei sexta-feira por sentir uma solidão incomum
thiago kansao diz (23:24)
domingo a noite
Tônia Werste diz (23:24)
sempre estive rodeada de milhares de pessoas, sexta-feira eu era sozinha
só que domingo a noite todo mundo é só
na sexta, era praticamente só eu
Tônia Werste diz (23:25)
e até hoje eu odeio sexta-feira porque o mundo todo tá acontecendo e eu to embaixo do edredon
minhas amigas mulheres TODAS moram longe

Tônia Werste diz (23:26)
eu não tenho amigas aqui
pra ir visitar.
Tônia Werste diz (23:26)
quando elas vem pra cá visitar pais ou afins, sempre dou um jeito de ir vê-las. Sexta-feira é meu tormento.

Tônia Werste diz (23:35)
é que o fato de eu não poder sair por não ter carteira, me faz me sentir mais idiota
tipo 'bem feito, ninguem mandou ser bocaberta, agora fica em casa sem ver ninguem, sem nem poder buscar uma cerveja pra te fazer companhia'


Que minha vida está passando por uma turbulência ninguém duvida. É uma mistura de sensações, pensamentos, sentimentos. Decisões para tomar e falta de tempo para pensar.

Coisas ruins acontecem, me chateiam, me decepciono… principalmente comigo mesma. Pela cegueira que tive, pela indiferença que recebi ao final de tudo.

É impressionante o quanto seres humanos podem ser indiferentes aquilo que tu se doou tanto ao longo dos meses. Fica a lição e a certeza de novos e bons rumos.

Ao meio desse turbilhão eu redescobri meus amigos. Nossa, eu nem lembrava o quanto eles são essenciais. Chega determinado momento em que cada um segue sua vida e o distanciamento é inevitável.

Mas se tem coisa que é certa é que para amizade sincera não existe tempo nem distância (clichê detected). Tô até emocionada por tantas manifestações de carinho, de saudade. Amizade sincera não tem preço (clichê cabível)

Maior que todas as mudanças que minha vida está alcançando, são os aprendizados que ando tendo. Lições. Eu nem tinha percebido que cresci, que sou mulher e que a vida realmente cobra por isso.

E melhor ainda vai ser o dia que eu tomar consciência de que sobrevivi à tempestade estou passando. Não sei se é sorte ou merecimento, mas seria muita ingratidão de minha parte se eu chorasse agora.

O que foi escondido
É o que se escondeu
E o que foi prometido
Ninguém prometeu
Nem foi tempo perdido
Somos tão jovens...


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 Vocês conseguem acreditar que eu me enganei?

É, eu sinto vergonha de ter pensado isso.

Por que eu achava? Ora, eu sou pessoa que faz amigos com facilidade, que preza por uma cerveja e um rock n’ roll.

Prefiro um churrasco do que frescuras, prefiro companhia do que sair para dançar. Ando de chinelo e vestidinho, e prefere um jeans desbotado ou rasgado e que combine com um tênis do que um sapato alto.

Não tenho vergonha de pedir informações, de falar com um desconhecido, ou de dar risada das próprias celulites.

Aliás, rir… nada como uma boa gargalhada mesmo que seja sozinha, e eu sou dessas que ri muito quando está sozinha.

É, mas vocês sabem que me enganei. A sociedade exige da gente. Não basta só ser inteligente ou ter um tirocínio, precisa também ser descolado, malandro.

Mesmo que a futilidade seja quase imperceptível, todo mundo prefere gostar do que vê, e tem coisas que só a Arezzo ou Vitor Hugo fazem pelas pessoas.

E não adianta ter facilidade para fazer amigos, se estes amigos tem um estilo de vida totalmente diferente do teu, moram longe ou tomam rumos diferentes, no fim o resultado é o mesmo: solidão.

Ter maturidade para a idade, mas é sensível a ponto do choro atrapalhar qualquer tentativa de argumentação. E ser debochada e irreverente não esconde inseguranças.

Mas eu aprendi que não sou perfeita só porque as pessoas preferem que eu não seja. Pois cada ser que passa em minha vida exige um pouco mais de mim. Nunca vai estar bom para eles, nunca está bom para ninguém, que ainda ordena para que eu tenha paciência, que eu devo entender que as pessoas erram.

E além disso tudo, dizem por aí que o meu dever é perdoar.


Tudo começou quando no início desta semana resolvi enviar um email para o meu namorado pra desabafar um pouco. Eu tinha planos mas não via outros ângulos e ele acabou me chamando atenção a isso.

Fiquei um dia praticamente pensando só naquelas respostas e decidi: ele tem razão. Tá na hora de eu ter outros rumos profissionais, e os acontecimentos que sucederam só me fizeram ter mais certeza disso.

Conversei com meus pais, afinal, foram eles quem investiram para eu estar onde estou, e eles me apoiaram e acharam muito bom também.

Kika Werste diz (15:02)
o que tu mais gosta é mudança...sperling
Tônia Werste diz (15:02)
é
Tônia Werste diz (15:02)
trauma de infancia que todo mundo se mudava menos eu

E foi assim que resolvi tomar novos rumos profissionais. Foi o primeiro passo, que sempre é o mais difícil. É que pensei: se não for agora, depois vai ser pior. Hoje então é meu último dia de escritório.

Não sei exatamente como vai ser daqui pra frente, mas de qualquer forma, tô feliz. Aliás, esse ano, se existisse um mapa astral pra mim, ou se eu acreditasse neles, estaria escrito “2011, o ano de mudanças”. Quantas! Muito mais que ano passado que recebi OAB e resolvi montar escritório. Agora a mudança foi em desmontar o escritório, mas principalmente, mudança em mim.

Talvez fosse pra ser assim. Talvez foi o destino que eu mudei. Meus sonhos hoje já tem formas.


Não sei como dizer o quanto eu amo animais. Acho que só minha inferioridade de ser humano é o que faz eu ainda comer carne, porque morro de dó.

Tenho um peixe, o Rex e me sinto negligenciar um pouco com ele porque fico pouco tempo perto do aquário. Meus pais até me ajudam, o alimentando quando tenho que sair de casa, assim como também fazem com a Brida e com a Luva.

Bom, a Brida e a Luva são mais do que minhas “cãs”, quando vejo minha madrinha chegando aqui em casa e elas correm para recebê-la já ouço um “amores da dinda, oi’’, e com o resto da família também é assim, ou seja, elas são uma extensão canina do meu corpo.

E são mesmo, eu tenho a preguiça da Luva, o pensamento incomodativo da Brida, a necessidade de carinho da Luva, a crespice da Brida, e assim vai…

Acho animais muito superiores que a gente, a fidelidade, o amor que eles demonstram, sim, demonstram e muito. Não falo só de cachorro, mas de todos os bichos mesmo. Sabemos de histórias de pessoas que criam porcos, javalis, carneiros, cabritos (poc, poc, poc), dentro de casa.

Claro, não dá pra pegar um leão e colocar ele na sala, muito menos um elefante, mas vai dizer que não são animais lindos? Tá, elefante nem tanto, mas é engraçadíssimo, estroncho, e é exatamente onde se está a beleza desse animal.

Sou contra maltratos, tirando o fato de quando eu ganhei uma lupa e aprendi a colocar fogo nas coisas, eu não maltrato nem formiga. Não por querer. Seria a favor se Noé tivesse pisado “sem querer’’ nas aranhas quando entraram na arca, mas ainda assim sei que elas são essenciais na natureza.

Descartável

Esse poderia ser o Che, meu futuro beagle, como maltratar uma coisinha assim? Como jogar fora aqueles olhinhos? Sério, se for para maltratar, evitem ter cachorros!


Clica aqui e entenda do que estou falando… e fique com o coração apertado também… vi a Luva várias vezes nessa história e chorei uns 18l também ao ler.


Meu humor vai bem, obrigada! Mas eu tenho mudado, sei que sim. Troquei minhas prioridades, parei de me preocupar com o que não devia, às vezes dá certo.

Minha cabeça anda muito ocupada. Tenho seguido minha dieta à risca, sem presentinhos, sem consciência pesada. Acho que posso dizer que estou em paz comigo mesma.

Mas se enganam aqueles que acham que não tenho problemas, que está tudo bem. Bem capaz! Só que também descobri que não adianta arrancar meus cabelos, não é assim que as coisas se resolvem.

Sabe, a melhor coisa que fiz na minha vida foi pensar em mim. Cansei de ser resto de mim mesma e aceitar que as pessoas me tratassem assim. Sei que nunca na vida vou ser autossuficiente em tudo, que eu preciso, e muito, de pessoas, mas também há um limite entre pessoas que simplesmente te descartam da vida delas.

Tô ficando meio assim xarope
Dessa lenga lenga, já amarrei o bode
Pode crer que tudo tem a ver com tudo
Tem a ver com o mundo
Tem a ver com ser perfeito
Tá na rua, tá na banca de revista
Tô na pista e não te desconcerta
Sempre alerta
Na notícia esperta
Nesse compromisso
Numa dose certa


Sim, sou trágica, dramática, uma atriz sem palcos! Tenho preocupações desnecessárias que fazem meu estômago se corroer de dor.

Meu problema é não gostar de superficialidade, de meio-termo, de água morna, ou abacaxi com açúcar. Não consigo ser meia-amiga, gostar mais ou menos. É impossível!

Então, essa intensidade me traz problemas. Posso dizer? Há muita contradição interior: a pessoa aqui quer muito, mas acha que não merece, e a despeito de poder ter algum talento tende a ver muitos defeitos em mim mesma. Isso pode se traduzir na forma de obsessões em relação aos próprios problemas, uma atenção desmedida em relação a pequenas coisas. Sou detalhista demais, e exagerada demais.

O resultado pode terminar sendo uma neurose obsessiva, que é uma perversão do perfeccionismo saudável. Se sou doente, louca? Patologicamente falando, não mais.

Fui traumatizada ao longo da vida por pessoas que não me davam valor,  e isso ainda tem acontecido. Então eu comecei a acreditar que a errada deveria mesmo ser eu, e passei a pensar como eles.

Não, eu não estou na fase ‘eu me amo e não posso viver sem mim’,  mas tenho dedicado um tempo na minha vida para resolver meus conflitos, porque posso não ser um poço de virtudes, mas estou bem longe de ser descartável.

Por que pessoas acabam surgindo também para mostrar quem tu é de verdade. Pessoas que param para ouvir tua história e não apenas contar a delas. Não elogiam em nenhum momento, mas demonstrar uma alegria incontida com a tua presença.

Isso sim é relevante, porque eu simplesmente cansei de me impor tantos limites, ficar me moldando, policiando.

Inferno, viu?! Tu levanta da cama sem saber mais quem tu é, porque toda tua personalidade gritante foi para os surdos. Ao menos eu me ouvi e é por isso que hoje me recuso a ficar em cima do muro.


O que eu realmente penso ou acho de uma pessoa que pouco convivo é o que menos importa . Pra mim é interessante viver um bom momento, ter algo para lembrar no futuro. Se transmitiu um tantinho de alegria que fosse, a mim já é alguém que vale a pena!
O que importa é o que verdadeiramente somos e eu, entre tantos defeitos e virtudes, sou humana, é isso que me dá capacidade de errar!


A vida dentro dessa tela do computador é boa. Aliás, uma delícia só. Eu fico aqui e me divirto porque conheci pessoas incomparáveis neste meio.

Só que chega um momento que a gente tem que enfrentar a realidade e ela normalmente não é tão florida assim.

Mas posso dizer a verdade? É gostosa sim. Sei que eu a saboreio pouco, mas posso afirmar que não é por falta de vontade e, sim, oportunidade.

Todo mundo chega num ponto que olha pro lado e vê seus amigos tomando outros rumos e você também está fazendo o mesmo. Se eu pudesse, saíria mais, seria mais independente. Quando o tédio tomasse conta, quem dera eu poder sair e ver pessoas, vitrines, tomar uma cerveja gelada.

Só que essa não é a realidade de um Entreijuiense, sem amigos morando perto e sem carro ou carteira para dirigir.

Então eu fico aqui na frente do computador tentando encontrar alguém pra conversar, olhar algumas coisas engraçadas para espairecer e simplesmente evitar pensar no trabalho ou estudo.

E esse sempre foi meu maior motivo de odiar sextas-feira: ter que ficar na frente do computador enquanto o mundo inteiro está acontecendo.

Tenho também um msn “lado B”, que só tenho para contatos profissionais, + minha mãe, meu namorado e a Ana, que são as únicas pessoas que sempre vou ter tempo, além do meu tempo para mim. Ultimamente tenho tanta coisa para fazer que só uso o msn lado B mesmo, aí eu leio, pesquiso ( é o que mais tenho feito no último ano: pesquisa), e tuíto, porque eu tenho uma necessidade de manifestar ideias.

Aliás, descobri que gosto das minhas ideias, e pelo fato de muitas vezes só eu apreciá-las, acabava achando que eram ruins. Como eu era influenciável.

Ah sim, mas eu mudei e tenho mudado constantemente. Eu tenho gostado um pouco mais de mim, sabe? Uma certa fome por viver, vontade de alegria e vontade de realizar sonhos!

Teoria linda, né? Eu bem poderia escrever um livro e autoajuda, mas não. Raul Seixas uma vez me disse e agora faço uso daquela frase: eu tenho uma porção de coisas grandes para conquistar e eu não poso ficar aí parado!


Quem me conhece sabe que minha família toda tem um certo dom para a cozinha, tanto para doces quanto comida mesmo, e também descobriu que dom não é hereditário.

Não é o fato de eu não gostar de cozinhar, eu só não tenho habilidade pra cortar as coisas, não sei o que significa realmente ‘refogar', não sei diferenciar queijo derretido de queijo queimado, e por aí vai.

Acontece que agora estou de dieta, pela razão que todo mundo que me conhece também sabe, então estou preparando meus próprios alimentos.

Hoje, na janta, a pedida era um filé de peixe, e fui fazer exatamente como dizia na receita:

- coloque sal

- coloque no microondas

Difícil, né?

Tenho pra dizer pra vocês que quando o microondas apitou eu senti um cheiro estranho, mas quando abri a portinhola sim que veio a surpresa: não existia mais peixe!!!!!!!!!!!!!!!

Sim, gente! Não sei exatamente o que aconteceu, mas só ficou o amarelo (e um pouco preto) no prato, e o prato virou uma bolha seca, que se eu tirasse a casquinha não dava pra distinguir exatamente se era peixe ou prato.

Para ajudar, minha mãe que estava mal do estômago sabem onde foi parar, né?

Pois é, corri com  o prato, joguei no lixo, limpei microondas, joguei bom ar pela cozinha, acendi incenso… e fui comprar atum!

Pronto, agora podem sentir vergonha alheia!


"Ando com uma vontade tão grande de receber todos os afetos, todos os carinhos, todas as atenções."

"Ando tenso, inseguríssimo e muito só."

“Um amigo me chamou pra cuidar da dor dele, guardei a minha no bolso. E fui.

“E me dá uma saudade irracional de você. Assim, do nada.”

"Jogue pro alto, se voltar é seu."

"Venha quando quiser, ligue, chame, escreva. Tem espaço na casa e no coração, só não se perca de mim."

“Tô me afastando de tudo que me atrasa, me engana, me segura e me retém. Tô me aproximando de tudo que me faz completo, me faz feliz e que me quer bem. Tô aproveitando tudo de bom que essa nossa vida tem. Tô me dedicando de verdade pra agradar um outro alguém. Tô trazendo pra perto de mim quem eu gosto e quem gosta de mim também. Ultimamente eu só tô querendo ver o ‘bom’ que todo mundo tem. Relaxa, respira, se irritar é bom pra quem? Supera, suporta, entenda: isento de problemas eu não conheço ninguém. Queira viver, viver melhor, viver sorrindo e até os cem. Tô feliz, to despreocupado, com a vida eu to de bem.”

“Eu te amo. Mesmo negando. Mesmo deixando você ir. Mesmo não te pedindo pra ficar. Mesmo não olhando mais nos teus olhos. Mesmo não ouvindo a tua voz. Mesmo não fazendo mais parte dos teus dias. Mesmo estando longe, eu te amo. E amo mesmo. Mesmo não sabendo amar.”


Há um ano atrás eu ainda sonhava em ser escritora. Queria viver disso, mas quando eu descobri que não tenho talento para tal coisa, preferi usar da escrita para meus desabafos, para ser minha válvula de escape para me livrar do tédio. Não desisti de escrever, não me senti mal, pelo contrário, só não coloquei mais a escrita como um objetivo.

E eu descobri que não tinha talento simplesmente porque as pessoas ignoram o que eu escrevo, por ser intimista demais, talvez.

Comecei a usar o Facebook para esses desabafos, às vezes olhar para meus blogs faz com que eu me sinta só. No facebook, eu não assino meus próprios textos, porque afinal, foi eu quem os escreveu e tá ali no MEU MURAL.

Sabe o que me foi estranho? É que vi algumas pessoas copiando estes textos (não que fossem maravilhosos) e postando nos seus murais, como se fosse um desabafo delas, como se não importasse quem tivesse escrito desde que as pessoas pudessem entender o que elas sentiam.

Eu achei estranho ver textos meus circulando assim, sendo ‘curtido’ e ainda ganhando comentários que não eram para mim. Mas ok, é o mundo virtual e eu também, por vezes, me uso de frases de alguns escritores (porém, fases famosas que mesmo que eu não identifique por não saber de quem é, as pessoas sabem que não são minhas as frases).

Mas mais uma vez essa solidão me tomou conta, por isso voltarei pra cá, onde embora eu fique no anonimato, ainda assim eu posso ter um universo paralelo.


Hipocrisias e modéstias a parte, sou uma pessoa desprovida de inveja. Independentemente da cor desta inveja, se é branca, marrom ou verde, não a sinto.

Consigo ficar feliz se um amigo, ou não, conseguir alguma coisa que eu queria muito. Para mim é apenas um sinal do que o que quero é perfeitamente plausível e possível.

Inveja para que? Apenas tardei o tempo. Claro para uma pessoa ansiosa, impaciente, isso é péssimo, mas não consigo não ficar feliz pelo êxito alheio.

Mas isso não significa que não preciso de ajuda, pelo contrário, às vezes tudo o que preciso é de uma mão amiga, de um abraço ou de um “vá em frente”.

E tenho precisado bastante disso. Ninguém imagina o quanto


hahahahahahaha… eu sempre penso isso! Peguei lá do leninja!

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Eu precisava desabafar. Os últimos dias têm sido bastante difíceis para mim. E nessa noite surgiu na cabeça uma música que ouvia quando eu era criança, bem criança.

What’s up - 4 non blondes (azar, eu gosto).

Na época eu não sabia inglês, ou sabia menos que hoje, mas eu gostava da melodia, da forma como era cantada, simplesmente gostava da música.

Quando já na adolescência procurei pela tradução percebi que a música tinha absolutamente nada de parecido comigo, eu não me idenficava em nada, nada, nada.

Mas continuei gostando.

Hoje, às vésperas do meu aniversário de 24 anos, ouvi novamente a música, desta vez conseguindo entender tudo o que ela diz, e hoje ela parece que foi feita para mim. Ela fala exatamente de como tenho me sentido nessas últimas semanas, descreve com precisão tudo aquilo que eu gostaria de gritar para o mundo.

Então taí a tradução, o que dispensa meus textos neste blog por mais um tempo.

Vinte e cinco anos e minha vida está imóvel

Estou tentando subir aquela grande montanha de esperança

Por um destino

Eu percebi rapidamente quando soube

Que o mundo nunca foi essa fraternidade de homens

Seja lá o que isso signifique

E então eu choro algumas vezes quando estou deitada na cama

Apenas para excluir tudo o que está em minha cabeça

E eu, eu estou me sentindo um pouco esquisita

E então eu acordo pela manhã e saio lá para fora

E eu tomo um fôlego profundo

e fico realmente bem

E grito a plenos pulmões

O que está acontecendo?

E eu canto hey-yeah-yea-eah, eah hey yea yea

Eu disse hey! O que está acontecendo?

E eu canto hey-yeah-yea-eah, eah hey yea yea

Eu disse hey! O que está acontecendo?

E eu tento, oh meu Deus como eu tento

Eu tento o tempo todo

Nesta instituição

E eu rezo, oh meu Deus como eu rezo

Eu rezo a cada dia comum

Por uma revolução


Filosoficamente falando, viver não é apenas ter as funções motoras do nosso corpo em plenas condições, mas sim aproveitar cada instante de vida, procurando fazer o bem e desfrutar das boas coisas que nos acontecem.

Vida é um direito constitucionalmente protegido, o primeiro deles, e tem gente que nessa sede de viver não se dá conta que está vendendo sua vida por preços tão insignificante.

Mas tenho mais pena dos que ficam. Todos aqueles que se lamentam e se perguntam onde erraram, aqueles que irão carregar para o resto das suas vidas alguma dor incurável no coração e tantas faltas de respostas.

Tantos perguntam o porquê da morte, mas raros perguntam o porquê nasceram. Nascer é um aprendizado, é um aceitar da condição de agora ser humano e evitar tantos erros.

Doar a vida para deixar lições para nós aqui, é um ato de coragem.

Aí vejo tanta gente sofrendo enquanto estou aqui, com toda a sorte do mundo, com toda a felicidade ao meu redor. Desculpem os ateus, mas eu tenho o dever de acreditar em uma força superior às nossas vidas, ao que provável, chamem de Deus.

Vida, para mim, nunca vai ser uma condição e sim, um presente. E por favor, não se atreva dizer o contrário, por respeito àqueles que já não respiram mais.


Não vim aqui pra desejar um bom dia a todos porque não seria condizente com meu próprio estado de espírito. É Segunda-feira, não sou hipócrita e nem daquelas pessoas que conseguem simplesmente sorrir e agradecer por mais um dia que começa.

Não me julgue, não é que eu não queira que você tenha um bom dia ou uma boa semana, mas antes das 11h de cada dia, nunca na vida consegui ser feliz e bem humorada, então te resta agradecer por não precisar conviver comigo.

De resto, tenho uma alegria que mal cabe em mim, sirva-se


Sou do tipo de gente que quando falam de mocassim, não sabe se é um sapato ou um café.


Depois que eu saí da faculdade, aquela que reclamei todo santo dia e todo dia santo, eu não fui mais a mesma, e confesso que sou mais infeliz agora.

Posso dizer que a formatura foi o divisor de águas na minha vida. Eu reclamava da faculdade, mas fazia planos mesmo que absurdos para quando tudo terminasse e agora vejo que é tudo diferente.

No mínimo, eu deveria estar morando em Porto Alegre, mas não, estou todos os dias escondida atrás de uma mesa de escritório. Mas não é isso o que me faz infeliz.

Eu tenho planos mas hoje eles não são mais absurdos, eles são para serem realizados se eu der um passo de cada vez. Estou tendo que esquecer o meu imediatismo, a minha impulsividade e de certa forma, a falência desse motorzinho me frustra.

Tenho conseguido recuperar minha espontaneidade e é nisso que tenho me agarrado. Minha ansiedade é minha arma, mas apontada para mim. É ela que me mata cada dia um pouco mais, já prometi um milhão de vezes para as pessoas, para mim, para tudo e todos que eu iria mudar, mas confesso que não estou me saindo bem.

Só que agora me recuso a ter crises, seja ela do que for. Eu NÃO estou estressada, eu NÃO estou com dores descomunais na cabeça, eu NÃO sinto enjoos, eu NÃO tenho mais tontura, eu NÃO tenho mais tosse alérgica… e vou me recusar a ter.

Tô sem $ pra voltar pra acadêmia, aliás, sem grana que não seja pra pagar contas do escritório, mas isso me faz pensar em alternativas. Não gosto do comodismo, da limitação, gosto de opções mesmo que eu tenha que fazê-las.

E hoje eu sou assim, um lado que vive e outro que frustra. Sou essa bipolaridade toda, que sonha preferindo acordar.


Oi Geeeeeeeente!!

Lembram da Juju? É, aquela guria das Histórias da Juju, que você lê no www.medaumdesconto.blogspot.com, lembra? Aquela engraçada, estabanada e que lembra um pouquinho de cada um de nós?
Pois é, a Juju virou livro!

E o ebook tá com um preço tão bacaninha, quem sabe você se reserva esse direito à diversão? Tônia Werste e Ana Gouvêa agradecem!


Eu sei, eu sei, faz dias que não escrevo. Mas ando tendo pouco tempo pra isso, tenho me dedicado ao trabalho e estudos.

Bom, isso era uma das minhas resoluções possíveis de Ano Novo, então, tenho feito. Só que ando me estressando porque meu trabalho não combina comigo.

Explico: já falei várias vezes que eu não me sinto uma mulher completa, tenho um jeito um pouco de criança, a forma do rosto, sei lá. Isso faz com que as pessoas me tratem como tal.

Na minha turma, eu era sempre a última a ser vista pelos caras, minhas amigas já tinham corpão de mulher e eu não tinha e nem agia para que assim pensassem. Não me importava, me sentia feliz como eu era.

Hoje não, talvez por ter crescido e amadurecido, e querer ser mais mulher… mulherão. Mas acho que não tenho conseguido. Alguns clientes meus acham que sou idiota #fato.

Não aconteceu nem uma nem duas vezes, mas incontáveis desde que abri o escritório (não faz um ano). O cliente vem até aqui, eu dou toda a explicação necessária, sou atenciosa, tento ser o mais confiável possível já que pra mim é requisito básico na minha profissão.

Aí o cliente vai embora.

Aí o cliente volta no outro dia…

…todo feliz, e então aceita tudo o que eu disse anteriormente. Esse milagre se deve ao fato deles não terem confiado em mim de primeira. Ok, acontece. Até que todos, sem exceção, acabam me confessando que me achavam muito nova, que eu não teria condições de ter tal segurança que demonstrava, pela minha provável inexperiência.

Eles procuram outros advogados, que talvez não sejam tão atenciosos, mas dão exatamente a mesma explicação que dei. Provavel que, sem muita riqueza nos detalhes, então eles voltam de braços abertos, e me escolhem.

E eu trabalho pra eles, dou o melhor de mim, ainda me questionando desde quando rugas são sinais de capacidade, competência, sabedoria? A juventude é ótima, mas infelizmente, desacreditada demais.

É triste ir no Fórum, ser tratada como estagiária e ouvir elogios pra minha chefe. Deveria ficar feliz já que tais elogios são verdadeiramente pra mim, mas me entristeço por ser tratada de forma tão medíocre.

Ossos do ofício.

Tudo isso enquanto você está aí pensando em colocar botox. Ah, se esses não tão jovens soubessem…


Todos que me conhecem realmente sabem que tenho um outro eu que mora na Bahia, conhecida como Ana Gouvêa.

A internet tem sido ótima com a gente, a Claro e a Tim também, pois diminuem um pouco desses 3000km que nos separam, e mesmo assim não é suficiente.

Se uma quer presentear a outra, precisamos dos correios, e é aí que começa a sacanagem toda. Primeiramente eu, Tônia Werste, está numa escassez de maquiLagens, precisando renovar o estoque, então a Ana resolve me presentear com uma make.

Problema 2

Tem noção? A make estava aqui, pertinho de mim… e foi embora assim, sem dizer adeus, devolvida porque supostamente havia algo errado no endereço. MAS NÃO HÁ!

Ok, como retribuição, resolvi dar pra Ana um chip da TIM, para podermos conversar de forma mais barata, trocar sms, e por aí vai. Eis que recebo um e-mail:

Problema 1

Ok². A Ana também vai me emprestar um livro, que estava com uma amiga dela em São Paulo. Tal amiga postou pra mim o livro, sem problema algum… eu acreditava:

Problema 3

Sem contar que compramos celular e eles nem sequer aparecem no site como produto enviado…

E tudo, tudo, tudo isso, em menos de um mês. Só posso acreditar que o problema é pessoal comigo, que sou a Ana.

Seria trágico se não fosse cômico!


Resolvi fazer uma pesquisa egocentrica, perguntei pra alguns conhecidos o que eles achavam de mim e como respostas, só maravilhas e outros diziam ‘ah, tem tanta coisa…’. Então, preferi fazer com desconhecidos.

Acredito que algumas horinhas de cara-de-pau poderiam me economizar horas na cadeira de um psiquiatra. Das concepções negativas que tive é que sou uma metida a intelectual, outros simplesmente que era uma babaca ou uma louca qualquer. Resumi bem, pois não foram exatamente essas as palavras.

Das concepções positivas, tive que aparentava ser uma pessoa alegre, que gostava de levar alegria, que provavelmente trabalhava com crianças, era sonhadora com uma aura (adoro quando as pessoas se puxam) bonita e que meus olhos irradiavam (seja lá o que a pessoa quis dizer com isso).

Foi bom saber, tanto o lado bom quanto o ruim. Se eu tivesse grana, com toda certeza eu faria análise com um profissional, mas cansei de ter crises e mais crises de ansiedade, passar mal, ter dores físicas por causa do meu psicológico.

Eu precisei me ajudar e nem que pra isso precisasse passar por essa babaca que acreditaram que eu fosse. Caetano tem razão: Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que  é.

Não sou metida a intelectual, acho. Eu gosto de ler porque quando era criança tinha o hábito da leitura. Hoje leio muito, muito, muito, infelizmente, pouquíssimo do que realmente quero, mas leio quase o tempo inteiro. E como gosto de saber de tudo um pouco, normalmente tenho assunto com as pessoas e, normalmente quando dou minha opinião num assunto que não estou convicta, é pra saber se há opinião contrária. Sei lá, é uma forma de aprender.

O babaca acredito que é justamente por eu ser cara-de-pau ou por ser extrovertida. Isso pode beirar uma infantilidade em algum momento, mas faz parte, ao menos não faço coisas com intenção de ser infantil.

Levo meu trabalho a sério, estudo bastante, pesquiso o melhor caminho. Detesto insegurança, ou melhor, detesto ser insegura e acredito que seja isso meu maior motivo das crises de ansiedade. O caso é que ninguém é perfeito, mas porque não tentar melhorar?


Estava lendo vários textos sobre educação nas escolas. Especificamente, isto na Revista Época me chamou atenção. (aconselho a leitura da matéria muito pela entrevista final).

Sabe o porquê disso tudo? Essa situação  relatada na entrevista eu tenho visto na prática e vocês não têm ideia do quanto isso ainda me magoa mesmo sendo mera expectadora das situações.

É triste ver que as crianças estão realmente despreparadas pra lidar com a diferença social, ou simplesmente com todas as diferenças.

Sou resultado de um ensino público. Não era de péssima qualidade porque deixei de aprender muita coisa por não ser uma aluna exemplar, mas ainda assim, ensino público.

Havia rixas entre turmas, eu sempre tive colegas que odiavam alguém do colégio, e sempre teve pessoas do colégio que odiavam meus colegas. Sem hipocrisia, eu não. Independente de turma, sempre me dei bem com todos e achava erradíssimo odiar pessoas, ou porque moravam no interior de Entre-Ijuís, ou por usar calça de abrigo por dentro das botas.

Meus colegas não. E muitos destes colegas foram para colégios particulares depois de um tempo, só não foram antes porque o colégio em que estudei tinha qualidade. Muitos saíram do colégio por pura e simples ‘viver de aparências’. Eu optei por fazer um curso de inglês.

Se me arrependo? Nenhum pouco. Se hoje eu tivesse um filho não teria condições financeiras de colocá-lo em um colégio particular, mas também não seria o fim do mundo. Tentaria vaga em um colégio estadual bom (que ainda existe aqui), puxaria ele em casa para não ser um aluno medíocre como talvez eu mesma fui e jamais faria com que ele se sentisse melhor ou pior.

Educação vem de casa, não adianta, mas escola é fundamental. É triste ver a violência, mas também é triste esse despreparo todo para conviver com seus semelhantes. Ainda há muito preconceito, ainda há muito despreparo para ser mãe e pai. E o mais triste disso é que os pais erram por acharem que estão fazendo o que é certo.

Faz parte do sistema.


Morte não é um final,
Prefiro acreditar que seja assim
A dor rasga o peito
E não há nada capaz de desfazê-la.
Prefiro acreditar no além
Além da vida, além da morte
Além dessa dor
Recuso a dizer "descanse em paz".
A vida tem que continuar
É preciso ter forças
E dizem que força é vital
A morte não me cala
Morte me abate e me gela
Mas não é um fim
Porque me recuso a crer
Que tudo acaba assim


Cheguei na fase em que me tapo de nojo de tudo, ou melhor, de pessoas. Não que eu seja grande exemplo de espécie humana, mas não aguento mais tanta hipocrisia.

Todo mundo é amigo, todo mundo é irmão, o mundo é lindo feito em cores… até chegar a primeira dificuldade. A culpa é distribuída, porém, ninguém efetivamente a assume.

Sabe o que mais me choca? Humanos que querem evoluir. Tais humanos são seres tão inferiores que pagam pra um ‘mestre’ auxiliá-los na evolução… até chegar a primeira dificuldade. Aí é que vemos que generosidade, humildade, nada disso é aprendido com caneta e papel, isso é só com muito exercício, é hábito, e para isso concordo com Mick Jagger: old habits die hard.

Tenho nojo, me tapo de nojo porque tenho consciência de minhas imperfeições, sei que sou impaciênte, ansiosa, mau-humorada e teimosa e sei que isso tudo pode acabar com todas as minhas razões em uma discussão, mas mesmo assim, me tapo de nojo.

Seres que se aproveitam dos outros, essa desonestidade toda, essa podridão que toma conta, esse cheiro ruim que envolve tantas mentes. Ah, eu me tapo de nojo e paro por aqui.


Quando eu tinha meus 9 ou 10 anos de idade descobri a Legião Urbana. Virei fã no primeiro instante que ouvi uma música de 11 minutos (Metal contra as nuvens), aquilo era inacreditável.

Óbvio que Renato Russo já tinha morrido, nunca tive ídolos vivos, o que dá um certo ar macabro na minha vida, mas vamos lá: no Natal de 1997, quando eu tinha 10 anos, resolvi pegar uma carona com meus vizinhos e ir passar o Natal com meus avós, em Venancio Aires.

Eu não acreditava mais em papai Noel, mas também acreditava que eu não ganharia nada de presente dos meus pais, afinal, eles estavam há 500km de mim, como me entregariam algo?

Então surge minha tia com isso:

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Eu mesma tinha levado meu presente achando que eram documentos pra serem entregues pra minha tia, quando na verdade era o CD da Legião Urbana que eu tanto queria. Acredite, isso tudo só fez com que eu gostasse menos de Natal, é muita nostalgia, sou toda errada pra sentimentos, emotiva demais. Mas eu tinha o CD da Legião que eu tanto queria.

Bom, me apaixonei mais ainda, procurei todas as músicas, fiz álbum da Legião, e comecei a adolescência sabendo como ela iria terminar.

Eu gostava de músicas com letras mais politizadas, mas “algo interessante pra mim ou pro mundo” ou gostava das melodias, dos ritmos… ecleticamente legionária, fã de Renato Russo, mas nunca na vida consegui gostar de Chico Buarque.

O que ele tem a ver com a história toda?

Um dia, já eu com 14 anos, comprei um CD do Renato Russo, carreira solo, e encontro a música Gente Humilde. Foi amor à primeira vista. Como vocês devem ter deduzido, ela é do Chico Buarque mas em parceria com Vinicius de Moraes. Sempre gostei de Vinícius, nunca de Chico.

Então eu pensei: Renato Russo já usou tantas drogas e eu demorei séculos pra diferenciar o que era maconha e crack, nunca soube o que se fuma ou o que se injeta, e menos ainda o que se cheira, porque eu deveria gostar de Chico Buarque?

Jamais eu morreria de Chico Buarque, por isso descobri que ele não se resume em “A Banda” ou “Morena de Angola”. Chico não é droga que mata, Chico é nome de filho.

Não vou ser fã dele por um simples fato: não gosto de gente viva, mas sinceramente, respeito.

Se acaso me quiseres,
Sou dessas mulheres
Que só dizem "sim!",
Por uma coisa à toa,
Uma noitada boa,
Um cinema, um botequim.


Sou daquelas pessoas que um dia na adolescência decidiu, talvez por uma grande decepção ou por autodefesa mesmo, que não iria casar e jamais colocaria um filho no mundo,. Precaução é tudo na vida da pessoa.

Pois bem, nos momentos solitários tenho mania de escutar músicas em inglês e tentar traduzí-las, para estudar mesmo,  treinar, já que depois que me formei não tive mais contato com o idioma, porém, hoje uma frase me chamou atenção.

Favor, não comentar sobre meus péssimos gostos musicais.

A música,  talvez conhecida de muitos, era “Have You Ever Really Loved A Woman?” do  Bryan Adams. Gosto do ritmo, é calma, mas enfim, a parte que me refiro diz +/- isso:

E quando você puder ver seus filhos que ainda não nasceram dentro dos olhos dela você saberá que realmente ama uma mulher

Aí me perguntei se isso existe. Será mesmo que acontece? Amar e saborear isso? Sou defensora de que gostar de alguém sempre é uma coisa boa, desde que não seja de forma excessiva. Eu não consigo ver filhos na minha vida. Tenho medo.

Uma época da minha vida cogitava a possibilidade de adotar uma criança porque sempre senti raiva daquelas que diziam que quem preferia ter filho em cesárea não é tão mãe quanto quem optou pelo parto normal. Ser mãe adotiva me tornaria menos mãe? AH VÁ!  Mas também ter um filho pra provar pro mundo qualquer coisa que seja, nunca é legal.

Filhos pra mim é planejamento. Planejamento porque vou odiar não ser presente, não poder colocar para dormir e não poder ver os primeiros passos. E obrigatoriamente, a primeira palavra vai ter que ser ‘mamãe’, me recusarei a ouví-lo até assim dizer. hahaha

Tudo na vida é questão de planejamento… até o dia em que tu se apaixona, ama, e acha que a possibilidade de juntar os trapos seja uma boa ideia.

Vai de cada um de manter o foco ou deixar acontecer. Eu tenho deixado e se querem saber, está sendo bem bom!


Olá!!

Estou de mudança geral na minha vida, pra variar um pouco!! Mudando posição dos móveis, hábitos alimentares, trocando de sala, de ares, de pensamentos e tentando colocar algumas coisas em prática.

Esse blog tive a ideia há um tempo, mas resolvi pegar a ideia e transformá-la em livro (que não tem prazo pra terminar). Então, a partir de hoje, este vai ser o meu blog pessoal. Pra quem gostava do Me caiu o pão da boca pode continuar lendo aqui.

Explico: sou uma dessas pessoas desorganizadas mas que não consegue viver no meio da bagunça. Em blog pessoal eu não corrijo meus textos, eu escrevo o que vem na cabeça, mas quero agora lançar minhas ideias também com crônicas, e estas, quero que sejam corrigidas e bem-lidas.

E pra isso vou aproveitar o número de leitores que já tenho lá no mikail pra testar essa minha nova empreitada. Os contos, sigo escrevendo no Me dá um desconto, que agora também será mais seguidamente atualizado.

Se eu pegar gosto pela poesia, vão ser publicadas lá no Mikail também, mas isso realmente é incerto.

Então, cá está meu blog pessoal, que aliás, acho ele a minha cara.

Sejam todos bem-vindos!

Vem cá

Isso são horas?

estoy aqui

Losers

É isso

Nós, os malucos, temos um lema Tudo na vida é um problema Mas nunca tente nos acalmar Pois um maluco pode surtar Os nossos planos são absurdos Tipo gritar no ouvido dos surdos Mas todo mundo que é genial Nunca é descrito como normal

Quanto a mim

faça-me sorrir