Tenho me impressionado com a quantidade de gente que anda me subestimando de uns tempos pra cá. Perdi as contas de quantas vezes eu disse "não sou tão burra assim" ou "não sou burra a esse ponto".
Dois motivos eu até concordaria com eles 1 - pague com o próprio veneno 2 - eu to falhando em algum ponto que as pessoas me acham fracassada.
Em 2011 eu tive muitos revezes, houveram mudanças bruscas comigo, e por motivos nada ligados a isto, me sinto infeliz. Agora digo, tenho 24 anos e NÃO ME ARREPENDO das escolhas que fiz. Não as faria novamente porque eu aprendi com isso, certo? Acho que essa é a essência da vida: cair, levantar, errar, acertar, é a experiência que vai falar por si.
E eu me dou o direito de errar porque preciso aprender. Coragem por arriscar, ninguém lembra.
Eu tenho me calado. Num dos episódios do House ele disse: O que você pensa sobre mim não vai mudar quem eu sou, mais pode mudar o meu conceito sobre você.
Para mim, fez sentido. Todo o sentido do mundo. Não tô mais me preocupando com o que os outros falam\pensam de mim. E me calei mesmo, chega daquela marmota de ficar querendo provar que eu sou isso ou aquilo.
E meu silêncio agrediu o povo. Não me faltam argumentos, mas tem brigas que eu simplesmente não levo adiante. Não perdi a capacidade de questionamentos, mas acabei me tornando repetitiva por ninguém me dar uma resposta satisfatória.
Eu não tenho certas habilidades motoras e tenho uma enorme falta de noção de espaço, e isso faz de mim ser a idiota que vocês pensam?
Desculpe se eu mudei. Mil perdões por eu ter aprendido, eu sou ciente dos meus defeitos, não é ótimo, Srs. Infalíveis?
Em contraponto a isto, recebi elogios de pessoas que eu nem sabia que lembravam de mim, pessoas que demonstraram carinho e souberam fazer críticas de uma forma que eu pudesse crescer com elas.
Esse texto não teve o intuito de desabafo, muito menos de querer dizer que não sou a idiota\burra\anencéfala que me enxergam. Não me importo com as que tanto me subestimam, talvez em algum momento elas tenham razão. O intuito mesmo é mostrar para o meu ego e autoestima que eu quero fazer as pazes com eles.
Já sentiram a dor da gastrite? Pela 3ª vez na semana é o que sinto nesse instante. Tomei chimarrão, comi barra de cereal com chocolate, e no almoço tinha pimentão. Ah, e ontem tomei cerveja também.
Bem feito pra mim, né? Eu sei que é. Mas acho injusto, isso eu acho. Tudo bem, minha vida é bem desregrada, tive que girar uns 180º para emagrecer iniciais 17kg. E posso dizer que foi fácil essa etapa.
O problema é que eu nunca soube lidar com as coisas que sinto. E cada nova crise de stress desencadeio uma coisa diferente. Cistite, labirintite e essa apegada gastrite. Às vezes tenho impressão que eu devo estar apodrecendo.
E quando finalmente me sinto bem, me animo para fazer as coisas, meu bom-humor dá sinal que quer permanecer, eu sou vencida pela dor. Já deve ser psicológico mesmo, um trauma inconsciênte de que cada vez que eu estiver de bem com a vida uma doença diferente vai surgir.
Hipocondrismo é para os fracos.
Voltando à realidade, eu não gosto de queixas, não gosto de fazer isso, mas a dor que sinto agora me consome por inteira, e eu tenho tanta coisa para fazer, uma viagem para aproveitar, e só consigo sentir essa dor.
A cistite é assim, horrível também. Labirintite e as suas sensações de viver em 2 dimensões também é nada agradável, mas ok.
Se essas dores são consequências da vida que escolhi, aceito a condição. Só que não tô aqui me comprometendo em mudar, que vou me cuidar mais e que terei a geração saúde correndo nas veias. Não!
Não mesmo.
Eu me comprometerei, no máximo, em seguir uma rotina mais saudável com meus horários e atividades. Porque embora eu não tenha tempo para mais nada, eu tenho todo o tempo do mundo.
E dezembro chegou tão rápido que 2012 taí. Então me dá licença que vou ali ler o Medicina Alternativa de A a Z e tentar achar uma forma de pelo menos conseguir dormir… para acordar no horário necessário!