Cheguei na fase em que me tapo de nojo de tudo, ou melhor, de pessoas. Não que eu seja grande exemplo de espécie humana, mas não aguento mais tanta hipocrisia.

Todo mundo é amigo, todo mundo é irmão, o mundo é lindo feito em cores… até chegar a primeira dificuldade. A culpa é distribuída, porém, ninguém efetivamente a assume.

Sabe o que mais me choca? Humanos que querem evoluir. Tais humanos são seres tão inferiores que pagam pra um ‘mestre’ auxiliá-los na evolução… até chegar a primeira dificuldade. Aí é que vemos que generosidade, humildade, nada disso é aprendido com caneta e papel, isso é só com muito exercício, é hábito, e para isso concordo com Mick Jagger: old habits die hard.

Tenho nojo, me tapo de nojo porque tenho consciência de minhas imperfeições, sei que sou impaciênte, ansiosa, mau-humorada e teimosa e sei que isso tudo pode acabar com todas as minhas razões em uma discussão, mas mesmo assim, me tapo de nojo.

Seres que se aproveitam dos outros, essa desonestidade toda, essa podridão que toma conta, esse cheiro ruim que envolve tantas mentes. Ah, eu me tapo de nojo e paro por aqui.


Quando eu tinha meus 9 ou 10 anos de idade descobri a Legião Urbana. Virei fã no primeiro instante que ouvi uma música de 11 minutos (Metal contra as nuvens), aquilo era inacreditável.

Óbvio que Renato Russo já tinha morrido, nunca tive ídolos vivos, o que dá um certo ar macabro na minha vida, mas vamos lá: no Natal de 1997, quando eu tinha 10 anos, resolvi pegar uma carona com meus vizinhos e ir passar o Natal com meus avós, em Venancio Aires.

Eu não acreditava mais em papai Noel, mas também acreditava que eu não ganharia nada de presente dos meus pais, afinal, eles estavam há 500km de mim, como me entregariam algo?

Então surge minha tia com isso:

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Eu mesma tinha levado meu presente achando que eram documentos pra serem entregues pra minha tia, quando na verdade era o CD da Legião Urbana que eu tanto queria. Acredite, isso tudo só fez com que eu gostasse menos de Natal, é muita nostalgia, sou toda errada pra sentimentos, emotiva demais. Mas eu tinha o CD da Legião que eu tanto queria.

Bom, me apaixonei mais ainda, procurei todas as músicas, fiz álbum da Legião, e comecei a adolescência sabendo como ela iria terminar.

Eu gostava de músicas com letras mais politizadas, mas “algo interessante pra mim ou pro mundo” ou gostava das melodias, dos ritmos… ecleticamente legionária, fã de Renato Russo, mas nunca na vida consegui gostar de Chico Buarque.

O que ele tem a ver com a história toda?

Um dia, já eu com 14 anos, comprei um CD do Renato Russo, carreira solo, e encontro a música Gente Humilde. Foi amor à primeira vista. Como vocês devem ter deduzido, ela é do Chico Buarque mas em parceria com Vinicius de Moraes. Sempre gostei de Vinícius, nunca de Chico.

Então eu pensei: Renato Russo já usou tantas drogas e eu demorei séculos pra diferenciar o que era maconha e crack, nunca soube o que se fuma ou o que se injeta, e menos ainda o que se cheira, porque eu deveria gostar de Chico Buarque?

Jamais eu morreria de Chico Buarque, por isso descobri que ele não se resume em “A Banda” ou “Morena de Angola”. Chico não é droga que mata, Chico é nome de filho.

Não vou ser fã dele por um simples fato: não gosto de gente viva, mas sinceramente, respeito.

Se acaso me quiseres,
Sou dessas mulheres
Que só dizem "sim!",
Por uma coisa à toa,
Uma noitada boa,
Um cinema, um botequim.


Sou daquelas pessoas que um dia na adolescência decidiu, talvez por uma grande decepção ou por autodefesa mesmo, que não iria casar e jamais colocaria um filho no mundo,. Precaução é tudo na vida da pessoa.

Pois bem, nos momentos solitários tenho mania de escutar músicas em inglês e tentar traduzí-las, para estudar mesmo,  treinar, já que depois que me formei não tive mais contato com o idioma, porém, hoje uma frase me chamou atenção.

Favor, não comentar sobre meus péssimos gostos musicais.

A música,  talvez conhecida de muitos, era “Have You Ever Really Loved A Woman?” do  Bryan Adams. Gosto do ritmo, é calma, mas enfim, a parte que me refiro diz +/- isso:

E quando você puder ver seus filhos que ainda não nasceram dentro dos olhos dela você saberá que realmente ama uma mulher

Aí me perguntei se isso existe. Será mesmo que acontece? Amar e saborear isso? Sou defensora de que gostar de alguém sempre é uma coisa boa, desde que não seja de forma excessiva. Eu não consigo ver filhos na minha vida. Tenho medo.

Uma época da minha vida cogitava a possibilidade de adotar uma criança porque sempre senti raiva daquelas que diziam que quem preferia ter filho em cesárea não é tão mãe quanto quem optou pelo parto normal. Ser mãe adotiva me tornaria menos mãe? AH VÁ!  Mas também ter um filho pra provar pro mundo qualquer coisa que seja, nunca é legal.

Filhos pra mim é planejamento. Planejamento porque vou odiar não ser presente, não poder colocar para dormir e não poder ver os primeiros passos. E obrigatoriamente, a primeira palavra vai ter que ser ‘mamãe’, me recusarei a ouví-lo até assim dizer. hahaha

Tudo na vida é questão de planejamento… até o dia em que tu se apaixona, ama, e acha que a possibilidade de juntar os trapos seja uma boa ideia.

Vai de cada um de manter o foco ou deixar acontecer. Eu tenho deixado e se querem saber, está sendo bem bom!


Olá!!

Estou de mudança geral na minha vida, pra variar um pouco!! Mudando posição dos móveis, hábitos alimentares, trocando de sala, de ares, de pensamentos e tentando colocar algumas coisas em prática.

Esse blog tive a ideia há um tempo, mas resolvi pegar a ideia e transformá-la em livro (que não tem prazo pra terminar). Então, a partir de hoje, este vai ser o meu blog pessoal. Pra quem gostava do Me caiu o pão da boca pode continuar lendo aqui.

Explico: sou uma dessas pessoas desorganizadas mas que não consegue viver no meio da bagunça. Em blog pessoal eu não corrijo meus textos, eu escrevo o que vem na cabeça, mas quero agora lançar minhas ideias também com crônicas, e estas, quero que sejam corrigidas e bem-lidas.

E pra isso vou aproveitar o número de leitores que já tenho lá no mikail pra testar essa minha nova empreitada. Os contos, sigo escrevendo no Me dá um desconto, que agora também será mais seguidamente atualizado.

Se eu pegar gosto pela poesia, vão ser publicadas lá no Mikail também, mas isso realmente é incerto.

Então, cá está meu blog pessoal, que aliás, acho ele a minha cara.

Sejam todos bem-vindos!

Vem cá

Isso são horas?

estoy aqui

Losers

É isso

Nós, os malucos, temos um lema Tudo na vida é um problema Mas nunca tente nos acalmar Pois um maluco pode surtar Os nossos planos são absurdos Tipo gritar no ouvido dos surdos Mas todo mundo que é genial Nunca é descrito como normal

Quanto a mim

faça-me sorrir