Estou aqui escutando o jogo do Grêmio e no momento que saiu o gol (espero que o primeiro de vários) me debrucei pela janela, metade do corpo para fora, para olhar a comemoração do povo na rua.
Aquele vento gelado me fez lembrar da casa dos meus pais, em Entre-Ijuís, onde vivi por quase 25 anos. Sim, é um vento que quase não sinto aqui porque simplesmente não saio a noite. Parece estranho mas é verdade.
Eu não tenho onde ir, dinheiro pra gastar e companhia pra toda hora. Tenho amigos aqui sim, poucos, raros, mas tenho, mesmo assim, nos vemos pouco por vários motivos.
Então durante a noite eu sou só minha. Às vezes de um livro, muitas vezes do computador e da música. Olho pela janela e vejo prédios, mais abaixo, carros. Difícil conhecer pessoas e de verdade, não estou nesse momento.
Lá em Entre-Ijuís, aquele vento gelado, sentada abaixo das estrelas, colocando conversa fora, comendo sanduíche de pepino caseiro dá saudade porque sei que é uma coisa que não vou mais viver no dia-a-dia. E se isso me entristece?
Nenhum pouco. Por mais dificuldades que eu tenha aqui, tentando lidar com a solidão, lá era mais triste ainda. Eu não sou pessoa feita para viver sem expectativas, sendo limitada o tempo inteiro. Eu nasci para estar aqui mesmo, lutando, correndo, buscando alguma coisa.
E da luta eu não me retiro (todo dia de manhã é nostalgia das besteiras que fizemos ontem) porque eu aprendi a levantar a cada tombo.
O vento não me trouxe tristeza, mas sim boas lembranças que guardo com uma saudade tranquila. E a alegria de estar aqui, exatamente onde eu deveria e mesmo assim tentando loucamente fazer mudanças. Que aos poucos elas vêm.
E estou aprendendo a conviver comigo e principalmente sozinha. Aprendendo a não sentir falta. E aprendendo que saudade é realmente e tão-somente o amor que fica.
Vou voltar ao jogo do Grêmio.
E deixar aqui Nando Reis relembrando a Jovem Guarda.
Uma vez mestre, mestre pra vida inteira.
Você pediu e eu já vou daqui
:)
Sim, mudei. Para melhor ou para pior, não se sabe, mas sei que hoje me sinto bem.
Até 1mês atrás, eu era amargurada com a vida. Até tinha sonhos, mas desacreditava que alguma coisa, algum dia iria acontecer, dar certo e me fazer planejar mais.
Faz tempo que não sou mais adolescente, o fato de morar com meus pais me incomodava. Claro que conforto, comida na mesa e menores preocupações são ótimas coisas, mas para mim, há muito já não me bastava.
Tantas brigas, discussões, acessos de raivas por eu ser uma eterna ingrata. Desconsiderava o tanto de coisas que havia conquistado, porque de meus esforços, eram os mínimos.
Ao menos, eu sentia que fossem.
Hoje, um mês depois, para mim é como se anos tivessem passado. Me sinto diferente perante o mundo, com o mínimo de importância, mesmo assim alguém que quer crescer e está conseguindo ver um horizonte.
Não sinto mais vergonha de pedir ajuda e mesmo assim me sinto livre, liberta. Sabe aquele momento que se para por alguns segundos e bate a certeza que se pode voar? Bom, ele passa!
E não é que me sinto mais forte, mais isso ou aquilo, é que comecei a criar uma certa esperança e isso me faz sentir que mudei.
Porque continuo sendo a mesma Tônia de antes, só que não!
É natural do ser humano idealizar, sonhar, planejar.
Hoje eu só tenho um objetivo na vida: não perder minha própria razão, seguir sempre aprendendo, e adquirir muita, mas muita sabedoria. Aquela encontrada nos livros e aquela encontrada na vida.
Resumindo: quero ser um geniozinho.
o banquinho da bicicleta. Esse vasto mundo aí tão sem graça permitiu que o homem criasse a televisão, e consequentemente, personagens.
Só o Chico Anysio criou 209, mas de todos (deixando aqui o registro que meu preferido era o Alberto Roberto) personagens televisivos, os que fazem mais sucesso são os de fimes e séries americanos.
Por exemplo, eu adoro o House, a sagacidade dele faz com que eu o adore, mas eu não queria ser o House. 1º, eu não sirvo para ser médica. E isso seria o big ben dos motivos.
Se fosse por advogada, eu poderia querer ser a Alicia Florrick, do The good wife, mas convenhamos, eu mal consigo dar a volta numa roda gigante, vou querer dar a volta por cima da vida?
Se eu fizer uma fria análise do que estou dizendo, pode ser que eu seja uma figurante na minha própria vida. Eu poderia querer ser até o Seinfield, mas meu dom da comédia termina no clássico “aí tinha 2 tomatinhos atravessando a rua”, o que me tornaria uma piadista nata como o Chandler, do Friends, mas eu não tenho saco pra aguentar uma Mônica na minha vida, tenho pânico de metódicos.
Têm muitas personagens que me vejo nelas, mas nenhuma tanto quanto o Mike Wasowski, do Monstros S/A. Se tem uma personagem no mundo que eu poderia dizer que foi inspirada em mim, foi ele, mas convenhamos, ser um monstrinho não é lá motivos de tanto orgulho.
Eu nunca gostei de super-heróis porque sei que eles sempre vencem, não gosto de história que já sei o final, simplesmente não me prente. Teve uma época que eu gostava de Power Rangers, isso lá por meados de 1997, e dos VR Troopers, porque eu queria ser um deles.
O Máscara também poderia ser eu, mas rodopiar daquela forma com a minha labirintite, ia acabar pior ainda.
Então, numa dessas escolhas da vida, decidi que meu alterego são coisas, cores, temperaturas ou formas desformes. E de verdade, não há melhor forma de definir quem eu sou.
Eu não quero ser ninguém além disso. De resto, vou ali tentando me encontrar.
Voltei para a dieta!
Não me faça pegar nojo! Preciso emagrecer muitos quilos e tu sabe que resisto a tudo, menos às tentações, então a força de vontade terá que falar muito alto.
E estou dispensando os chocolates na Páscoa. Troco por brincos, maquiLagem, canetas coloridas, um emprego ou nada, já que era o que eu receberia mesmo!
É necessário. O Facebook pra mim tem sido essencial para várias coisas. Excluí qualquer outra rede social que eu tinha (twitter, orkut…) e até mesmo o msn se tornou dispensável.
No face converso com a família, amigos, estudo (nos grupos de discussão tem muita coisa) e ainda trato de trabalho.
A parte ruim é que fico louca para compartilhar as coisas que sinto, e isso é péssimo, porque de certa forma, me sinto me expondo e não tenho essa intenção.
Por diversas vezes acabo apagando o que escrevo, curto e compartilho coisas que não seria necessário, porque acabo me sentindo chateada depois.
Pareço escrava do facebook, e realmente não é uma realidade. Vou aproveitar que meus materiais chegaram e vou estudar, me dedicar mais a algumas coisas que há tempos vinha empurrando com a barriga.
Não pretendo ficar enclausurada mas também não me sinto preparada para ver gente, nem mesmo meus amigos. Tem muita coisa acontecendo, muita coisa dando errado, muita coisa surgindo, minha cabeça tá prestes a surtar.
Quero ficar bem de verdade, cansei, sabe? Então vou tentar me retirar um pouco dessa vida virtual-social que tenho e buscar algum motivo para eu sorrir.
Aprendi que amar não significa estar junto, mas sim querer ver a pessoa feliz, mesmo que isso custe a sua felicidade.
Querido John
Sou fisicamente capaz de ser educado?
House
Ninguém jamais conseguiu alguma coisa com lágrimas.
Alice no País das Maravilhas
Você pode ir pra onde quiser, ver o que quiser, mas o que faz um lugar ser bom são as pessoas que vivem nele.
Eu Sou o Número Quatro
Já levou 500 socos na cara em uma noite só? Depois de um tempo começa a doer.
Rocky Balboa
Não acho que construir castelos de areia no ar seja uma coisa tão terrível, desde que você não leve isso muito a sério.
O Diário de Anne Frank
Faz parte da vida o fato de que nem todas as coisas nas quais nos empenhamos dêem certo.
Uma Mente Brilhante
Tudo fica legal com Vodka.
Triplo X (com tao up também . Tônia)
Às vezes, a verdade não é boa o bastante. Às vezes, as pessoas merecem mais. Às vezes, merecem ter toda a sua fé recompensada.
Batman - O Cavaleiro das Trevas
Às vezes você tem que cometer um grande erro para descobrir como fazer as coisas direitas.
Grey's Anatomy
Acho que levei um choque! Só pra constar, não dá pra ver o esqueleto como nos desenhos...
Raising Hope
Pensando bem, não é um poço se você consegue subir.
Sobrenatural
Por que fui tolo ao ponto de pensar que as coisas sempre seriam boas? À vezes elas são ruins, muito ruins.
Dexter
Cada um pensa naquilo que lhe faz falta.
Chaves
Quando você aparenta estar estressado as pessoas pensam que você está ocupado.
Seinfeld
Seja educado com um homem armado. É uma questão de bom senso.
The Walking Dead
Eu preciso dizer que amo meus pais.
Eu to muito chateada com minha vida, demais. mas eu nunca vou ser ingrata aos meus pais. Nunca!
Me recuso a dar a eles sofrimentos, acho que já fiz isso que chega. Aliás, com muita gente que amo e estimo muito.
E isso dói.
Dói de uma forma inimaginável. É uma dor que parece que tá atravessando o peito como uma espada de gladiador.
Eu tenho como optar por parar de sofrer? Como parar de chorar? Tenho sim, eu sei que tenho. Mas eu cheguei ao meu limite.
Não sei mais do que sou capaz, mas sinceramente, espero me surpreender comigo, de forma boa, claro… porque puta que pariu, tá doendo muito continuar assim.
PS.: Quando os médicos vão parar de tratar um corpo com gordura como um corpo doente, hein? Isso leva os pacientes a acreditarem neles e sofrer demais com essa “doença”. Poxa, viu?
Sabe, eu não sei se isso acontece com todo mundo, mas eu me sinto vivendo em um mundo que pouca gente vive, ou melhor, eu tô assistindo as vidas acontecerem.
Não tô reclamando da vida que tenho, bem pelo contrário, mas eu senti como as pessoas que eu convivia estão tomando rumos para tão longe.
Eu terminei a faculdade, terminando minha pós, tudo o que queria agora era me aquietar, ter meu canto, receber alguns amigos para jantar, tomar umas cervejas, dar risada. Será que isso é pedir demais?
Deve ser porque isso tá tão longe de acontecer. Não que eu não tenha me esforçado, mas é difícil depender tanto de outras pessoas para que as tuas deem certo.
E assim me vejo vivendo em um universo paralelo, onde eu só queria que as coisas dessem certo, e cada vez ficam mais o oposto do que planejei.
Eu não desisto assim tão fácil, mas às vezes a vida beira o insuportável. Tá, agora foi uma reclamação.
Faz 1 semana que passei mal, senti palpitações fortes, meu coração batia a 132 por minutos. Alertei minha mãe: estou ansiosa.
Como eu tinha médico marcado para menos de uma semana, resolvi esperar. Nos exames apontou que tenho falta, ou menos do que deveria da Serotonina, uma substancia encontrada no cérebro e que pode causar depressão, TOC, transtornos de pânico…
Pela perda da autoestima, sentimentos de impotencia, culpa, desesperança, falta de concentração, sono desregulado, irritabilidade e ansiedade excessiva, e eu sentia que estava enlouquecendo… esse é o quadro clínico da depressão.
O que não é uma novidade, já contei aqui que fui diagnosticada no início do ano com depressão – transtorno bipolar, mas por me sentir bem, acabei abandonando o tratamento e uma vez ocultando isso de uma médica, piorei minha situação por tomar um medicamento que não deveria.´
É complicado a gente se dar conta que é uma doença. Deve ser assim para um alcoolatra também. Eu resolvi expor este problema porque eu estou passando por um péssimo momento, coisa que eu nunca sonhei em passar, porque é simples assim: dói!
Mas também exijo que não sintam pena de mim! Eu sou adulta o suficiente pra sofrer com as consequencias dos meus atos, estando eu doente ou não.
Agora voltei a um tratamento sério, e assim como o da dieta (que aliás, recebi muitos elogios da médica) vou levar até o fim. Não estou condenada a uma vida melancólica, pra baixo, pelo contrário, eu nunca fui assim e não preciso ser.
Mas é importante que se atentem, procurem ajuda. Dois dias consecutivos de estado melâncólico ou sombrio já é o suficiente para que se tenha algo errado. Tristeza é parte de todo o ser humano, depressão, não!
Eu sou dramática por instinto, mas dramas não precisam ser tristes.
Preciso compartilhar com vocês uma situação que aconteceu comigo. Para quem realmente me conhece, sabe que eu tenho um certo problema com a autoestima, então, em agosto do ano passado comecei tratamento médico para perder peso, uma reeducação alimentar.
A médica me receitou a dita sibutramina, mas queria me ver em um mês porque explicou que o remédio tem vários efeitos colaterais. Eu sempre fui contra o remédio porque via as pessoas emagrecendo, mas depois engordavam o dobro... Pois bem, tomei o remédio, e no primeiro mês emagreci 10kg, que me motivou bastante. Eu estava feliz pelo caminho percorrido, pelos resultados e conversando com a médica, percebemos que eu não estava sendo vítima de nenhum efeito colateral. MAS eu teria que estar ali em um mês novamente.
Novembro chegou, eu sentia coisas estranhas, ansiedade, mas como sempre fui ansiosa, achava que era normal, não contei isso para a médica porque para mim não havia nada de novo, então eu deveria tomar por mais um mês e meio, data da próxima consulta, que seria hoje!!!
Hoje a coisa foi diferente. Faz um mês que ando melancólica, triste, irritada, meu humor oscila feito uma montanha-russa, então comentei isso com a médica, porque sempre tive isso nas inúmeras crises de ansiedade que já tive, e ela disse: A partir de hoje cortamos a sibutramina, não adianta tu ser magra e perder toda tua vida social, sem amigos, sem trabalho e sem família, sozinha tu não vai a lugar algum, tu precisa estar feliz para seguir até mesmo com a reeducação alimentar. A sibutramina mexe muito com o humor, acontece muitas brigas sem motivo algum, e quem já sofre com transtornos de humor não deve fazer uso do remédio.
Eu olhei para a médica e meus olhos se encheram de lágrimas, me veio um filme na cabeça de tanta coisa que eu poderia ter evitado no último mês, e principalmente nas últimas horas. Minha consulta era de 10min e passou para 40min. Tudo bem que os outros pacientes queriam me matar, mas eu me senti viva quando saí daquele consultório porque no fundo, senti esperança.
Encontrei tanto as respostas que eu queria e saber que com um tratamento correto sei que muita coisa vai mudar.
Então, agora como vítima de um remédio que poderia ter destruído minha vida, eu digo para vocês: não se mediquem por conta própria. Procurem um médico, deixa ele acompanhar a evolução das coisas. Não esconda teus pecados dele, seus fracassos, ele precisa saber porque só ele vai conseguir te ajudar.
Eu saí do consultório chorando, marquei minha próxima consulta chorando, vim chorando no ônibus pensando em tudo que poderia ser evitado.
No fim, decidi não colocar a culpa na sibutramina, mas saibam, por tudo que me tem acontecido, ficou uma grande lição... e não desejo esta dor para nenhum de vocês, então, tentem aprender também com esse problema que tive, é um presente que posso deixar para todos vocês!
De coração.
Se a questão é confessar, eu nunca lembro de pentear o cabelo quando levando da cama pela manhã para ir trabalhar.
Confesso que tive que me livrar do vício “futebol” por me sentir masculinizada demais se somadas minhas atitudes e compará-las com as atitudes de amigas.
Eu me sinto mal indo trabalhar de calçado rasteirinho, mas imploro, não me faça colocar salto alto.
Minha vaidade não é meu forte, minha autoestima a cada dia que passa acaba comigo, mas eu queria ter grana para certos “consertos”, e não falo nem em cirurgia, me contentaria com uma geral toda semana nos cabelos e unhas.
Sapatos e bolsas despertam em mim um lado fútil. E queria ter paciência para passar ao menos um lápis no olho todo dia. Às vezes sou bem mulherzinha, outras vezes, macho demais.
Confesso que uma vez, para esconder minhas mágoas e decepções, passei meses fingindo que era a pessoa mais feliz do mundo enquanto eu estava querendo gritar para o mundo a dor que eu sentia. Hoje esse fingimento não me atrai e faz com que as pessoas acreditem que eu seja fraca.
E eu sou uma chorona perfeita, me emociono com tudo e, meu sonho é ser um tanto quanto mais fria, mais calculista.
Tenho um certo problema com a perspectiva de ser aceita pelas pessoas e um enorme medo de decepcionar.
E eu decepciono, sou humana, afinal. Quando isso acontece, há uma angústia indescritível, uma aflição interminável que toma conta de mim, eu simplesmente permaneço em uma sobrevida, com dores, sem conseguir comer, sem dormir direito e por vezes sem conseguir até respirar.
Uma futilidade equilibrada, um desleixo que não muda minha vida, sentimentos peculiares eu permito que sejam hábitos, permito que sejam partes de mim e uma “marca registrada”. Agora, decepcionar… nunca. Por que no momento em que se põe tudo a perder faz cm que o caráter, aquele que tu sempre manteve límpido, fique em cheque e o teu passado já não conta mais.
Ah! E eu tenho uma desavença seríssima com o tempo, eu confesso que tenho. E nessa briga eu sempre saio perdendo.
E, por fim, confesso: de todas as vezes que aqui ou ali chorei uma tristeza desmotivada, hoje aprendi o que isso tudo significa. Eu sinto o gosto do da amargura. De um arrependimento dolorido, e trago em mim uma tristeza indescritível.
Tenho primeiramente a dizer que enjoei desse negócio de blog, mas vou ME fazer o favor de não excluí-lo pela necessidade que tenho de me expor.
Seja como for, não é esse o assunto do texto.
2011 foi, de longe, o pior ano da minha vida se comparado a todos que já vivi. Foi interminável, coisas boas aconteceram, bem verdade, e coisas bem piores já aconteceram em outros anos, mas 2011 foi top of mind dos ruins.
E eu não passei a virada de ano pensando que a partir de agora vai ser tudo diferente e não é meu pessimismo nato que resolveu pensar assim, mas eu me dei conta que sou apenas mais uma na multidão, entendem?
Podemos nos importar com o que as pessoas pensam, mas talvez elas não se empolguem com o fato de querermos a opinião delas. O contrário pode também acontecer, a gente pode não se empolgar, mas talvez as pessoas não sejam receptivas em ouvir nossas explicações. E se existir um momento em que elas terão que te chutar, elas farão isso sem dó nem piedade, mesmo que tu tenha pensado nisso tantas vezes e não o fez.
As atitudes não têm somente consequencias imediatas, aliás, estas são as que menos importam. A gente pode acabar passando boa parte da vida colhendo por aquela semente mal plantada que resolveu virar praga.
E exigem que a gente cresça, mas somos uma pessoa só, única e ninguém poderá pensar pela gente, afinal, quem vai sorrir ou chorar?
Acho engraçado a quantidade de casais que com dois meses de namoro já estão comprando eletrodomésticos e pensando em finalmente viver a vida juntos. Não julgo, jamais faria isso, mas pra mim é uma realidade tão distante.
Tenho 2 anos de namoro, amo meu namorado, mas acho que dá certo porque temos nossa individualidade. Óbvio que não tem como continuar pensando como solteiro, principalmente quando envolve os amigos, a gente acaba tendo que pensar por dois, mas aí é questão de respeito e não de invadir a vida do outro.
E vai sim chegar o momento de pensar seriamente em dividir os utensílios domésticos, ter uma casa ou um lar em comum, mas ainda assim acredito na nossa individualidade. Eu com a minha biblioteca, ele com o cinema. Acho que jamais projetaríamos algo se não fosse com a opinião dos dois.
Eu nasci e cresci assim, tendo um milhão de gente em volta e julguei que jamais conseguiria ir em frente sem isso, sem o povo, sem conversas, só eu e eu. E nessa realidade que me encontro, sei que cada dia que passa está mais perto de eu ser alguém para mim e não para os outros. Talvez tenha sido este o meu erro... talvez não.
Não consigo pensar no meu 2012 assim, só, estando longe, mas preciso compreender as benfeitorias de uma coisa chamada liberdade!
Mário Quintana um dia disse: O passado não reconhece o seu lugar, está sempre presente.
Eu nem sabia quem era Mário Quintana, quando pela primeira vez anotei essa frase em algum caderno que logo deixaria de ser meu.
E até hoje meu maior problema é esse: não consigo manter o passado no lugar dele. Eu sofro demais pelas coisas que não disse, pelas atitudes que não tomei. E pensando nos lugares que eu deveria estar, mas estava em casa esperando o tempo passar!
Tem horas que dá aquele estalo: bola pra frente, quem vive de passado é museu. E me dá ânimo para seguir, fazer novas histórias, mas logo volto ao meu ponto de partida.
Aí me pergunto, se meu problema é realmente as questões mal resolvidas, não seria mais fácil ir lá resolvê-las e então tchau e benção pra tudo? Mas a resposta é outra pergunta: para que cutucar uma ferida que já cicatrizou?
Cicatrizou… deixou a marca até hoje, mas cicatrizou, afinal, se permanece uma convivência, é sinal que houve o perdão. E eu tenho dúvidas sobre o perdão…
E sobre isso Mário Quintana me disse:
Perdoas... és cristão... bem o compreendo...
E é mais cômodo, em suma.
Não desculpes, porém, coisa nenhuma,
Que eles bem sabem o que estão fazendo...
Meu passado, meu problema!
*Título com uma dose certa de ironia, Mário Quintana bem sabe!