Memórias da viagem! Sério, eu só voltei porque era a única alternativa.

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AIEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE


Cada um tem os parentes que merecem!


*-*

Ele bebe e eu fico com cara de bêbada, mas ok! A gente se completa.

Como eu  amo!!!

Fabioeeu

PS.: A latinha é de tônica e não de Antártica, sei lá, achei importante esclarecer. Era 7h da manhã e toda disposição… tá, nem tanta da minha parte porque eu tava com frio. Mas vale este registro.


Quem me conhece, sabe bem que tive um sonho grande de ser escritora, mas chegou  um dia que decidi que eu não tinha talento para isso e simplesmente desisti.

Meu namorado acho que foi a única pessoa que conversou comigo sobre isso, me incentivou,  e talvez foi isso que me estimulou a continuar escrevendo mesmo se não tivesse leitores, mesmo eu desacreditando em mim.

Em abril deste ano surgiu uma oficina literária, ministrada pelo Mário Simon, escritor e professor de renome por esta região. Quem o conhece, ama, pois ele tem uma simplicidade refinada em certas coisas que escreve, além de ser uma excelente pessoa.

Óbvio que me aventurei no curso, que seria por curtíssimos 4 meses. Eu ficava animadíssima em sair de casa a noite em pleno inverno rigoroso aqui do Sul. Me sentia tão feliz com o que estava aprendendo.

Tive inicialmente um bloqueio de criatividade que dava medo, mas depois, quando o professor ensinou que escrever é 90% suor e 10% inspiração, as coisas começaram a fluir.

É interessante compartilhar com as pessoas que tu não será um gênio o tempo inteiro, que até os melhores tem seus péssimos dias e a cada 10 textos se 1 sair bom, já é uma grande coisa.

Eu achava que precisava somente ter talento, saber usar as palavras certas, mas é muito mais que isso, é um trabalho sério e muito prazerozo.

Neste sábado (08/10) foi o lançamento do livro Oficina das Letras, com obras realizadas durante estes 4 meses de curso. Pode parecer bobagem para vocês, mas para mim foi uma realização profissional, foi o que me fez pensar em querer mais.

Quero isso para minha vida.

Foto Turma I


Tônia Werste diz (23:21)
desde que eu era criança, novinha mesmo, 7 ou 8 anos
eu via meus amigos reclamando de Entre-Ijuis
adolescencia então era pesadelo
se entravam em chat, todo mundo era de Santo Angelo
tu lembra, eu desde sempre falei Entre-Ijuis
nunca escondi ou tive vergonha de morar em cidade pequena
Tônia Werste diz (23:22)
porque é um saco todo mundo conhecer todo mundo, mas também deve ser um saco morar onde ninguém se cumprimenta
thiago kansao diz (23:22)
sao extremos
morar aqui nao é facil
é frio
Tônia Werste diz (23:22)
só que assim, eu entrei na adolescência, e se precisava sair tinha que o pai levar
se quisesse

Tônia Werste diz (23:23)
quando estava com 18 anos minha turma mudou total, porque saí do colégio e cada um foi pra um canto
eu fiz amizade com muitos guris
então chegava final de semana e eles saiam pras festinhas deles e, por motivos óbvios eu não acompanhava
Tônia Werste diz (23:24)
e eu acabava ficando em casa, não tinha como sair sozinha, dar uma volta, sem carteira, sem carro
e eu sempre odiei sexta-feira por sentir uma solidão incomum
thiago kansao diz (23:24)
domingo a noite
Tônia Werste diz (23:24)
sempre estive rodeada de milhares de pessoas, sexta-feira eu era sozinha
só que domingo a noite todo mundo é só
na sexta, era praticamente só eu
Tônia Werste diz (23:25)
e até hoje eu odeio sexta-feira porque o mundo todo tá acontecendo e eu to embaixo do edredon
minhas amigas mulheres TODAS moram longe

Tônia Werste diz (23:26)
eu não tenho amigas aqui
pra ir visitar.
Tônia Werste diz (23:26)
quando elas vem pra cá visitar pais ou afins, sempre dou um jeito de ir vê-las. Sexta-feira é meu tormento.

Tônia Werste diz (23:35)
é que o fato de eu não poder sair por não ter carteira, me faz me sentir mais idiota
tipo 'bem feito, ninguem mandou ser bocaberta, agora fica em casa sem ver ninguem, sem nem poder buscar uma cerveja pra te fazer companhia'


Que minha vida está passando por uma turbulência ninguém duvida. É uma mistura de sensações, pensamentos, sentimentos. Decisões para tomar e falta de tempo para pensar.

Coisas ruins acontecem, me chateiam, me decepciono… principalmente comigo mesma. Pela cegueira que tive, pela indiferença que recebi ao final de tudo.

É impressionante o quanto seres humanos podem ser indiferentes aquilo que tu se doou tanto ao longo dos meses. Fica a lição e a certeza de novos e bons rumos.

Ao meio desse turbilhão eu redescobri meus amigos. Nossa, eu nem lembrava o quanto eles são essenciais. Chega determinado momento em que cada um segue sua vida e o distanciamento é inevitável.

Mas se tem coisa que é certa é que para amizade sincera não existe tempo nem distância (clichê detected). Tô até emocionada por tantas manifestações de carinho, de saudade. Amizade sincera não tem preço (clichê cabível)

Maior que todas as mudanças que minha vida está alcançando, são os aprendizados que ando tendo. Lições. Eu nem tinha percebido que cresci, que sou mulher e que a vida realmente cobra por isso.

E melhor ainda vai ser o dia que eu tomar consciência de que sobrevivi à tempestade estou passando. Não sei se é sorte ou merecimento, mas seria muita ingratidão de minha parte se eu chorasse agora.

O que foi escondido
É o que se escondeu
E o que foi prometido
Ninguém prometeu
Nem foi tempo perdido
Somos tão jovens...


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 Vocês conseguem acreditar que eu me enganei?

É, eu sinto vergonha de ter pensado isso.

Por que eu achava? Ora, eu sou pessoa que faz amigos com facilidade, que preza por uma cerveja e um rock n’ roll.

Prefiro um churrasco do que frescuras, prefiro companhia do que sair para dançar. Ando de chinelo e vestidinho, e prefere um jeans desbotado ou rasgado e que combine com um tênis do que um sapato alto.

Não tenho vergonha de pedir informações, de falar com um desconhecido, ou de dar risada das próprias celulites.

Aliás, rir… nada como uma boa gargalhada mesmo que seja sozinha, e eu sou dessas que ri muito quando está sozinha.

É, mas vocês sabem que me enganei. A sociedade exige da gente. Não basta só ser inteligente ou ter um tirocínio, precisa também ser descolado, malandro.

Mesmo que a futilidade seja quase imperceptível, todo mundo prefere gostar do que vê, e tem coisas que só a Arezzo ou Vitor Hugo fazem pelas pessoas.

E não adianta ter facilidade para fazer amigos, se estes amigos tem um estilo de vida totalmente diferente do teu, moram longe ou tomam rumos diferentes, no fim o resultado é o mesmo: solidão.

Ter maturidade para a idade, mas é sensível a ponto do choro atrapalhar qualquer tentativa de argumentação. E ser debochada e irreverente não esconde inseguranças.

Mas eu aprendi que não sou perfeita só porque as pessoas preferem que eu não seja. Pois cada ser que passa em minha vida exige um pouco mais de mim. Nunca vai estar bom para eles, nunca está bom para ninguém, que ainda ordena para que eu tenha paciência, que eu devo entender que as pessoas erram.

E além disso tudo, dizem por aí que o meu dever é perdoar.

Vem cá

Isso são horas?

estoy aqui

Losers

É isso

Nós, os malucos, temos um lema Tudo na vida é um problema Mas nunca tente nos acalmar Pois um maluco pode surtar Os nossos planos são absurdos Tipo gritar no ouvido dos surdos Mas todo mundo que é genial Nunca é descrito como normal

Quanto a mim

faça-me sorrir