Depois que eu saí da faculdade, aquela que reclamei todo santo dia e todo dia santo, eu não fui mais a mesma, e confesso que sou mais infeliz agora.

Posso dizer que a formatura foi o divisor de águas na minha vida. Eu reclamava da faculdade, mas fazia planos mesmo que absurdos para quando tudo terminasse e agora vejo que é tudo diferente.

No mínimo, eu deveria estar morando em Porto Alegre, mas não, estou todos os dias escondida atrás de uma mesa de escritório. Mas não é isso o que me faz infeliz.

Eu tenho planos mas hoje eles não são mais absurdos, eles são para serem realizados se eu der um passo de cada vez. Estou tendo que esquecer o meu imediatismo, a minha impulsividade e de certa forma, a falência desse motorzinho me frustra.

Tenho conseguido recuperar minha espontaneidade e é nisso que tenho me agarrado. Minha ansiedade é minha arma, mas apontada para mim. É ela que me mata cada dia um pouco mais, já prometi um milhão de vezes para as pessoas, para mim, para tudo e todos que eu iria mudar, mas confesso que não estou me saindo bem.

Só que agora me recuso a ter crises, seja ela do que for. Eu NÃO estou estressada, eu NÃO estou com dores descomunais na cabeça, eu NÃO sinto enjoos, eu NÃO tenho mais tontura, eu NÃO tenho mais tosse alérgica… e vou me recusar a ter.

Tô sem $ pra voltar pra acadêmia, aliás, sem grana que não seja pra pagar contas do escritório, mas isso me faz pensar em alternativas. Não gosto do comodismo, da limitação, gosto de opções mesmo que eu tenha que fazê-las.

E hoje eu sou assim, um lado que vive e outro que frustra. Sou essa bipolaridade toda, que sonha preferindo acordar.


Oi Geeeeeeeente!!

Lembram da Juju? É, aquela guria das Histórias da Juju, que você lê no www.medaumdesconto.blogspot.com, lembra? Aquela engraçada, estabanada e que lembra um pouquinho de cada um de nós?
Pois é, a Juju virou livro!

E o ebook tá com um preço tão bacaninha, quem sabe você se reserva esse direito à diversão? Tônia Werste e Ana Gouvêa agradecem!


Eu sei, eu sei, faz dias que não escrevo. Mas ando tendo pouco tempo pra isso, tenho me dedicado ao trabalho e estudos.

Bom, isso era uma das minhas resoluções possíveis de Ano Novo, então, tenho feito. Só que ando me estressando porque meu trabalho não combina comigo.

Explico: já falei várias vezes que eu não me sinto uma mulher completa, tenho um jeito um pouco de criança, a forma do rosto, sei lá. Isso faz com que as pessoas me tratem como tal.

Na minha turma, eu era sempre a última a ser vista pelos caras, minhas amigas já tinham corpão de mulher e eu não tinha e nem agia para que assim pensassem. Não me importava, me sentia feliz como eu era.

Hoje não, talvez por ter crescido e amadurecido, e querer ser mais mulher… mulherão. Mas acho que não tenho conseguido. Alguns clientes meus acham que sou idiota #fato.

Não aconteceu nem uma nem duas vezes, mas incontáveis desde que abri o escritório (não faz um ano). O cliente vem até aqui, eu dou toda a explicação necessária, sou atenciosa, tento ser o mais confiável possível já que pra mim é requisito básico na minha profissão.

Aí o cliente vai embora.

Aí o cliente volta no outro dia…

…todo feliz, e então aceita tudo o que eu disse anteriormente. Esse milagre se deve ao fato deles não terem confiado em mim de primeira. Ok, acontece. Até que todos, sem exceção, acabam me confessando que me achavam muito nova, que eu não teria condições de ter tal segurança que demonstrava, pela minha provável inexperiência.

Eles procuram outros advogados, que talvez não sejam tão atenciosos, mas dão exatamente a mesma explicação que dei. Provavel que, sem muita riqueza nos detalhes, então eles voltam de braços abertos, e me escolhem.

E eu trabalho pra eles, dou o melhor de mim, ainda me questionando desde quando rugas são sinais de capacidade, competência, sabedoria? A juventude é ótima, mas infelizmente, desacreditada demais.

É triste ir no Fórum, ser tratada como estagiária e ouvir elogios pra minha chefe. Deveria ficar feliz já que tais elogios são verdadeiramente pra mim, mas me entristeço por ser tratada de forma tão medíocre.

Ossos do ofício.

Tudo isso enquanto você está aí pensando em colocar botox. Ah, se esses não tão jovens soubessem…


Todos que me conhecem realmente sabem que tenho um outro eu que mora na Bahia, conhecida como Ana Gouvêa.

A internet tem sido ótima com a gente, a Claro e a Tim também, pois diminuem um pouco desses 3000km que nos separam, e mesmo assim não é suficiente.

Se uma quer presentear a outra, precisamos dos correios, e é aí que começa a sacanagem toda. Primeiramente eu, Tônia Werste, está numa escassez de maquiLagens, precisando renovar o estoque, então a Ana resolve me presentear com uma make.

Problema 2

Tem noção? A make estava aqui, pertinho de mim… e foi embora assim, sem dizer adeus, devolvida porque supostamente havia algo errado no endereço. MAS NÃO HÁ!

Ok, como retribuição, resolvi dar pra Ana um chip da TIM, para podermos conversar de forma mais barata, trocar sms, e por aí vai. Eis que recebo um e-mail:

Problema 1

Ok². A Ana também vai me emprestar um livro, que estava com uma amiga dela em São Paulo. Tal amiga postou pra mim o livro, sem problema algum… eu acreditava:

Problema 3

Sem contar que compramos celular e eles nem sequer aparecem no site como produto enviado…

E tudo, tudo, tudo isso, em menos de um mês. Só posso acreditar que o problema é pessoal comigo, que sou a Ana.

Seria trágico se não fosse cômico!


Resolvi fazer uma pesquisa egocentrica, perguntei pra alguns conhecidos o que eles achavam de mim e como respostas, só maravilhas e outros diziam ‘ah, tem tanta coisa…’. Então, preferi fazer com desconhecidos.

Acredito que algumas horinhas de cara-de-pau poderiam me economizar horas na cadeira de um psiquiatra. Das concepções negativas que tive é que sou uma metida a intelectual, outros simplesmente que era uma babaca ou uma louca qualquer. Resumi bem, pois não foram exatamente essas as palavras.

Das concepções positivas, tive que aparentava ser uma pessoa alegre, que gostava de levar alegria, que provavelmente trabalhava com crianças, era sonhadora com uma aura (adoro quando as pessoas se puxam) bonita e que meus olhos irradiavam (seja lá o que a pessoa quis dizer com isso).

Foi bom saber, tanto o lado bom quanto o ruim. Se eu tivesse grana, com toda certeza eu faria análise com um profissional, mas cansei de ter crises e mais crises de ansiedade, passar mal, ter dores físicas por causa do meu psicológico.

Eu precisei me ajudar e nem que pra isso precisasse passar por essa babaca que acreditaram que eu fosse. Caetano tem razão: Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que  é.

Não sou metida a intelectual, acho. Eu gosto de ler porque quando era criança tinha o hábito da leitura. Hoje leio muito, muito, muito, infelizmente, pouquíssimo do que realmente quero, mas leio quase o tempo inteiro. E como gosto de saber de tudo um pouco, normalmente tenho assunto com as pessoas e, normalmente quando dou minha opinião num assunto que não estou convicta, é pra saber se há opinião contrária. Sei lá, é uma forma de aprender.

O babaca acredito que é justamente por eu ser cara-de-pau ou por ser extrovertida. Isso pode beirar uma infantilidade em algum momento, mas faz parte, ao menos não faço coisas com intenção de ser infantil.

Levo meu trabalho a sério, estudo bastante, pesquiso o melhor caminho. Detesto insegurança, ou melhor, detesto ser insegura e acredito que seja isso meu maior motivo das crises de ansiedade. O caso é que ninguém é perfeito, mas porque não tentar melhorar?


Estava lendo vários textos sobre educação nas escolas. Especificamente, isto na Revista Época me chamou atenção. (aconselho a leitura da matéria muito pela entrevista final).

Sabe o porquê disso tudo? Essa situação  relatada na entrevista eu tenho visto na prática e vocês não têm ideia do quanto isso ainda me magoa mesmo sendo mera expectadora das situações.

É triste ver que as crianças estão realmente despreparadas pra lidar com a diferença social, ou simplesmente com todas as diferenças.

Sou resultado de um ensino público. Não era de péssima qualidade porque deixei de aprender muita coisa por não ser uma aluna exemplar, mas ainda assim, ensino público.

Havia rixas entre turmas, eu sempre tive colegas que odiavam alguém do colégio, e sempre teve pessoas do colégio que odiavam meus colegas. Sem hipocrisia, eu não. Independente de turma, sempre me dei bem com todos e achava erradíssimo odiar pessoas, ou porque moravam no interior de Entre-Ijuís, ou por usar calça de abrigo por dentro das botas.

Meus colegas não. E muitos destes colegas foram para colégios particulares depois de um tempo, só não foram antes porque o colégio em que estudei tinha qualidade. Muitos saíram do colégio por pura e simples ‘viver de aparências’. Eu optei por fazer um curso de inglês.

Se me arrependo? Nenhum pouco. Se hoje eu tivesse um filho não teria condições financeiras de colocá-lo em um colégio particular, mas também não seria o fim do mundo. Tentaria vaga em um colégio estadual bom (que ainda existe aqui), puxaria ele em casa para não ser um aluno medíocre como talvez eu mesma fui e jamais faria com que ele se sentisse melhor ou pior.

Educação vem de casa, não adianta, mas escola é fundamental. É triste ver a violência, mas também é triste esse despreparo todo para conviver com seus semelhantes. Ainda há muito preconceito, ainda há muito despreparo para ser mãe e pai. E o mais triste disso é que os pais erram por acharem que estão fazendo o que é certo.

Faz parte do sistema.


Morte não é um final,
Prefiro acreditar que seja assim
A dor rasga o peito
E não há nada capaz de desfazê-la.
Prefiro acreditar no além
Além da vida, além da morte
Além dessa dor
Recuso a dizer "descanse em paz".
A vida tem que continuar
É preciso ter forças
E dizem que força é vital
A morte não me cala
Morte me abate e me gela
Mas não é um fim
Porque me recuso a crer
Que tudo acaba assim

Vem cá

Isso são horas?

estoy aqui

Losers

É isso

Nós, os malucos, temos um lema Tudo na vida é um problema Mas nunca tente nos acalmar Pois um maluco pode surtar Os nossos planos são absurdos Tipo gritar no ouvido dos surdos Mas todo mundo que é genial Nunca é descrito como normal

Quanto a mim

faça-me sorrir